terça-feira, 17 de novembro de 2015

A discussão sobre a reforma educacional em São Paulo está aberta, e isso é muito bom. Debater, contestar, dialogar, são formas modernas de interagir e participar, seja lá qual for o tema. Há um consenso de que a educação no Brasil vai muito mal e alguma coisa precisa ser feita. O governo do estado esta propondo uma mudança correta, porém errou na mão ao ignorar a necessidade de dialogar, de explicar claramente aos envolvidos os benefícios da medida e as implicações que acarretará. Esta falha dá margem para que grupos se apossem do tema, ideologizando, criando versões inverídicas, distorcendo os fatos de acordo com seus interesses. Então, todos gritam e ninguém tem razão. Os sindicalistas reacionários não admitem qualquer mudança, e veem uma oportunidade para atacar o inimigo politico. Até o MTST levaram para as escolas ocupadas, num claro sinal de que não querem solucionar o problema. Os professores, que só se mobilizam para pedir aumento de salário, não apresentam propostas concretas e inovadoras. Com exceções, praticam currículo desatualizado, baseado em autores do século passado. Os alunos exigem liberdade, querem se igualar ao professor e determinar o que devem ou não estudar, ignorando que em uma sala de aula não há ambiente para o exercício da democracia plena, porque isto implica em igualdade de conhecimento, de competência, de compreensão e de responsabilidade. Os pais, ora, os pais nunca tem tempo, não participam e são omissos. Aí, vem alguém e saca a ideia da tecnologia como panaceia para todos os males. Inegável que ela é importante, mas é apenas uma ferramenta, um dispositivo de acesso ao conhecimento. A tecnologia ainda não consegue transferir informação diretamente da máquina para o cérebro do aluno. Não se aprende por osmose, é preciso estudar, ler, pesquisar, construir conteúdo. É falsa a tese de que avançamos para a modernidade ao liberalizar a base conceitual e comportamental, embutida em teorias de educadores como Paulo Freire e Roberto Bagno. Estes conceitos levam a escola a um estado de esquizofrenia total, quando se vê preparando alunos com um discurso “revolucionário” de esquerda, para enfrentarem um mercado globalizado capitalista. Nenhum país desenvolvido envereda por esta senda. Ao relaxar regras comprometemos a qualidade do ensino. Esta sim é a mais perversa forma de exclusão, porque estamos formando cidadãos de segunda classe, alijados do mercado de trabalho e da vida.

sábado, 7 de março de 2015

Viagens

Acabei de retornar de uma viagem mais longa e me pus a pensar: como é bom viajar! Me sinto um degrau acima. Acho que as viagens expandem a consciência, nos deixam mais sensiveis e sensatos. Acreditem, um dia após retornar fiquei calmo dentro do carro, preso no trânsito, mesmo gastando quarenta minutos para fazer um percurso que faria normalmente em dez...a pé. Mas, apesar disso, voltar para casa é muito bom. Existe aí uma discussão: qual é o tamanho ideal para uma viagem de férias? Acho que não há regra, depende de cada um. Para mim, sei que preciso retornar quando não aguento mais a comida do local, ou quando não suporto mais os programas de tv, ou quando doi nos ouvidos o idioma dos nativos. Desta vez, me incomodou o canto dos pássaros. As aves deles não gorjeiam como as nossas. Atrevidas, roubaram meus saduiches e "borraram" em minha camisa. Ao vê-las, aos milhares, todas negras, empoleiradas nos fios de energia, lembrei-me do filme "Os pássaros", de Hitchcock. Parece bobagem, mas foi exatamente isso. Tive saudades das aves da minha vida.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Admirável mundo novo

Chegou pelo correio, a planilha de uso de água para o banho. Assinalei que tomo dois banhos por dia, um pela manhã, às sete horas, e uma ducha no final do dia, às vinte horas, para refrescar. Devolvi na portaria, conforme orientação no rodapé do formulário. Três dias depois, às sete horas da manhã, toca o interfone e o porteiro informa que o "oficial controlador" iria subir. Muito educado, o senhor com uniforme da companhia de águas explicou que sua função era fiscalizar meus banhos. Após instalar um dispositivo de regulagem da vazão da água, sentou-se na porta do banheiro e ajustou seu cronômetro, dizendo que a companhia havia disponibilizado um banho de dois minutos pela manhã, e outro de trinta segundos para o final do dia. Fui penalizado porque demorei dois minutos e vinte segundos. Após extrair a multa, o funcionário disse que retornaria no final do dia para acompanhar o outro banho. Intrigado perguntei sobre a água consumida na descarga. Ele deu de ombros, dizendo que isso não competia ao seu departamento. Sua função era, apenas e tão somente, fiscalizar banhos. Saiu sem se despedir.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A vaca.

"Nem que a vaca tussa!", dito popular resgatado recentemente pela desprovida "presidenta", me fez lembrar de outro: "E eu com a light?". Muito pouca gente vai se lembrar ou saber o que significa. Traduzindo: O que eu tenho a ver com isso? Dai posso relacionar uma lista enorme, mas não é essa minha intenção. O que pretendo é mostrar a semelhança de sentido entre esses dois ditos, quando aplicados ao estado da arte, da politica petista. A vaca tossiu, quando Dilma voltou atrás, contradizendo suas decisões imutáveis (ou mentirosas). Desaparecida, a "presidenta" finge que nada disso que está acontecendo é com ela. Afinal, "e eu com a light?"

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

2015 novo ano - 1ª postagem

Iniciou-se 2015, um novo ano e eu também começo algo novo: meu blog. Inseguro, pensei muito, antes de tomar a iniciativa. Tenho muitas dúvidas: não sei se terei conteúdo interessante, nem se haverá algo fundamental a ser dito, nem, tão pouco, se o tema será relevante. Mas, não importa. Vou botar a boca no mundo. Se alguém quiser me seguir, que siga. Vou ficar feliz. Quem não quiser...vou rogar praga.