terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cronica: A verdade sobre o Hamster Panda.

Nasceu Catarina, a terceira neta. Chegou desfilando sua morenice, sua cabeleira negra e bochechas rosadas. Parece com o pai? Com a mãe? Não, não parece com ninguém, como todo recém-nascido. Avô babão assumido sigo à risca minhas obrigações. Primeiro: babo, e bastante. Depois, não me meto onde não sou chamado. Isto ia bem até a página dois, quando Manuela, a primeira neta, com crises de ciúme da irmã recém-chegada, passou a “causar” na maternidade. Para distraí-la tive a brilhante ideia de levá-la a um pet shop, a pretexto de escolher um hamster cor de rosa. Pensei que conseguiria iludi-la (todos sabem que não existe hamster cor de rosa, pois não?). Santa ignorância, Batman! Depois de esgotar meu repertório de negativas, saímos do pet shop com um “hamster panda” fofuxo, acompanhado de uma parafernália de coisas (gaiola, ração, roda gigante, tubos de plásticos, bebedouro, etc.), e recomendações, muitas, da atendente. A mais importante era: não peguem no bichinho nos primeiros três dias. Curiosa, Manuela, ainda no estacionamento da loja, enfiou o dedo no buraco da caixa e... nhac! Mordeu? Será que é vacinado? Voltamos à loja. O bicho é vacinado, não tem problema. Nada que água oxigenada não resolva. Deixamos Manuela e o novo amiguinho em sua casa. Manhã seguinte, veio da maternidade uma ordem: o bebê vai chegar, sumam com este rato! Tentei explicar: não é rato, é um esquilo do deserto. Não teve jeito. Certamente a babá reclamou: eu não dou conta de duas crianças e um rato. Moral da história: o “hamster Panda” acabou em minha casa. Ganhei um amiguinho.

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